sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Retrato




A Folha tem por meta fotos diferentes. Bonitas, plásticas, ousadas, com cara própria. E o Michel Melamed, ator, queria fazer uma coisa menos bucólica, sem natureza, e deu a idéia de fazermos as fotos para a Ilustrada em um heliporto na Lagoa. Com medo de ir e ter que ser deslocado, e sem saber se a gente poderia realmente fazer as fotos na pista do heliponto, vimos a obra do lado da casa dele. E como o chefe de obras liberou, aproveitamos. Taí um lugar em que eu nunca tinha feito retrato.

Fotos: Rafael Andrade / Folha Imagem

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Para não dizer que não falei de flores


Ciclovia do Aterro do Flamengo, ontem.


Foto: Rafael Andrade

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Tente outra vez

As vezes você não consegue estar no lugar certo na hora certa. As vezes também é muito difícil reconstruir alguma coisa que já aconteceu. Vez por outra você esbarra em algo banal mas que tem uma forma de mostrar o assunto de uma forma diferente.
Essa foto foi capa da Folha de SP na semana passada. Trata-se da morte de 3 PMs em Campo Grande, zona oeste do Rio. Não cheguei a tempo de fazer os corpos. Também não fiz o local onde aconteceu a execução. Apenas o carro já na porta da delegacia. As vezes basta. As vezes basta a Agência Globo. Mas isso em geral só me faz pensar que eu nunca sei do que os editores vão gostar.

Foto: Rafael Andrade / Folha Imagem

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Qual a música maestro? 8 notas...








Nas coberturas obrigatórias - conflitos urbanos com muitos feridos, chacinas, autoridades, presidente da república - nada é mais complicado, editorialmente, que acompanhar o mandatário supremo da país. Por dois motivos. Além do número de veículos que acompanham o Lula, há a questão do editorial.
Dessa vez, Luiz Inacio Lula da Silva, o presidente com mais parentes que já houve no Brasil, afinal Silva todo mundo é, foi a Resende na formatura de uma turma de oficiais do exército na Academia Militar das Agulhas Negras.
Embora possa se supor que tudo que o presidente faz é notícia, a banda toca um pouco diferente. É importante descobrir o que entre os 200 ou 400 cliques que se faz quais são aqueles 10 ou 20 que realmente são fotos publicáveis. O resto, a gente sabe, só será visto em uma projeção.
Quando não há assunto, ou seja, vossa excelência fez de tudo um pouco mas nada é importante e confrontável com o noticiário recente, eu, particularmente, envio o que pode dar mais saídas para o editor . O mais variado leque de situações que fiz. Expressões, ângulos, opções mais plásticas, fotos erradas. Isso, se por um lado descredencia o fotógrafo como autor final do próprio trabalho, só acontece, sem dúvida nenhuma, com cumplicidade com quem escolhe que foto vai para a página. Como diz um camarada velho de guerra, eles comem na nossa mão, mas digo eu, a gente também não precisa alimentar alguém só com arroz e feijão.
Fotos: Rafael Andrade / Folha Imagem