Das coisas que eu mais faço mal, retrato sem dúvida é a que eu acho mais complicado. Você depende demais de quem está fotografando, é um jogo muito 50%-50%. Você só consegue o que a pessoa quer dar e ao mesmo tempo está ali para tirar algo desse alguém que não é necessariamente o que aquela figura está disposta a te dar.
Mas fazer bons retratos também tem outras coisas em jogo: uma boa luz, um fundo interessante e paciência ajudam bastante. Esse do Matheus fiz em 15 minutos, todo o tempo que ele tinha antes de uma gravação lá no Projac.
Embora eu tenha adorado o resultado, a Folha não publicou. Preferiram dar uma foto de divulgação dele travestido como o personagem da minisérie que está fazendo. Coincidentemente um jornalista radical. Uma pena, mas pelo menos, eu sei que a minha parte eu fiz.
Fotos: Rafael Andrade / Folha Imagem