Esse é mais um daqueles posts sobre como eu costumo trabalhar. Como quem avisa amigo é, você ainda pode parar por aqui e nao ouvir meia hora de sabedoria sobre como eu faço o que faço. Mas prosseguindo...
Ontem teve visita de um relator da Onu a uma das favelas do complexo do alemão, a Grota, em Ramos. Para variar, anunciou-se que o gringo iria à comunidade, o que, para quase todo mundo que fotografa, significava ele andando pelas ruas da favela e a interação dele naquele universo diferente. Por razões de segurança, segundo um dos organizadores da visita, o cara nem entrou mesmo na Grota. Foi para a associação de moradores onde se reuniu com familiares de vítimas dos confrontos entre tráfico e polícia. Ok, foto caída.
Mas esperando lá na frente da associação a chegada do "haoule" lembrei de um chefe meu, que sempre me falava que era mais importante em geral prestar mais atenção no que há fora da pauta do que no assunto mesmo. Se você pensa assim, em geral, consegue ver outras coisas ou, pelo menos, fica mais aberto a outras imagens. A do carregador de galinhas nem assunto é para um jornal. Mas é uma imagem diferente do que a gente está acostumado a ver e por isso chamou minha atenção.
As duas outras da Forca Nacional de Seguranca são aquilo que sempre me falam no jornal, sobre tentar nao apenas ver outras coisas, mas sobretudo ver as coisas de outra forma. Nem sempre se publica, mas isso é algo com que todo fotógrafo conta. Bola para frente.
Fotos: Rafael Andrade / Folha Imagem
Um comentário:
show de bola essa foto do meio. Cheia em mensagens diretas e indiretas. Muito boa. A rodinha de amigos la na inocencia do cotidiano, bandeirinha do brasil no braco e tb cercada pelo praco da arma, sos comunidades bem legivel. porra, mo fotinho que tudo que vc olha rola uma informacao, alguma mensagem.
parabens
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