terça-feira, 3 de julho de 2007

Essa é prá tocar no Rádio










Cobrir presidente da república, mesmo que seja o nosso, é trabalho prá peixe graúdo. Vez por outra um barrigudinho entra na briga. Ontem foi minha vez. É a maior responsabilidade que eu conheço nesta profissão. E a que mais gente disputa para fazer. É honra, é reconhecimento, porque jornal não costuma mandar qualquer um fazer, e a mesmo tempo é sorte.

É pura adrenalina, e no fim quando se descobre que você fez 2 gigas de foto, vem a parte mais complicada. A edição. Escolher as melhores opções, pensar em quais fotos são mais editorializáveis, o que tem no notíciario que vai de encontro ao que você clicou e as imagens que mais dizem aos olhos. E tudo isto sabendo que, na cerimonia que começaria às 15h, e se iniciou as 16h, Lula é o prato principal. Então, tome saladinha e entrada sob a forma de discursos de Lindberg, Dilma Roussef, Márcio Fortes e outros mais ou menos votados.

Quando o Lula começa a falar já são mais de 17h, se me lembro bem agora, e naquele momento penso que a edição nacional fecha às 19h, o que faz com que as fotos tenham que estar na mão do editor pelo menos às 18h. É nessas horas que se sua, o estômago contrai e começa a se pensar se vai dar tempo.

Embora minha patroa ontem, a Folha de SP, não tenha usado nadinha, publico quatro momentos do nosso digníssimo mandatário que com certeza fizeram da minha hérnia um problema mais sério um pouquinho. Mas só um pouquinho.
Fotos: Rafael Andrade / Folha Imagem

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